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José Maurício Caldeira, da Aspebras, concede entrevista ao Valor Econômico

José Maurício Caldeira

O sócio-diretor e conselheiro do Grupo Asperbras, José Maurício Caldeira, concedeu uma entrevista para o jornal Valor Econômico, para falar sobre a inauguração da mais moderna fábrica de MDF do Brasil, a Greenplac.

O diretor enfatizou que a fábrica, inaugurada no último dia 4,  tem capacidade de produção anual de 250 mil metros cúbicos e falou sobre a escolha de começar a produção em uma fase desfavorável economicamente no Brasil: “Não é o melhor momento, mas a indústria de painéis de madeira está saindo do fundo do poço vivido nos anos de 2016 e 2017”.

A previsão de faturamento da GreenPlac, no primeiro ano de operação, é de R$ 320 milhões.   Em 2017, as vendas domésticas de painéis de madeira (incluindo MDF e MDP) somaram 6,48 milhões de metros cúbicos, de acordo com a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá). O mercado é liderado pela Duratex, que expediu 2,399 milhões de metros cúbicos em 2017.

A GreenPlac será o maior negócio do Grupo Asperbras a partir de 2019, segundo Caldeira. O grupo investiu R$ 600 milhões na fábrica, seu maior aporte já feito. No fim de 2019, será definidor o cronograma para investimento de R$ 500 milhões na segunda linha de produção e na expansão do uso da capacidade da linha que está para ser inaugurada. Isso permitirá que a capacidade da GreenPlac chegue a 650 mil metros cúbicos.

Nos primeiros anos de operação da fábrica, o abastecimento de madeira será feito por eucaliptos comprados de terceiros. Daqui a sete anos, quando as florestas das fazendas dos acionistas chegarem ao momento do primeiro corte, a fábrica passará a ter fornecimento próprio.

Em 2018, toda a produção de painéis de madeira (a maior parte de revestidos e pequena parcela de MDF cru) da empresa irá para o mercado interno. Os painéis crus serão direcionados aos polos moveleiros  de Votuporanga (SP), Mirassol (SP), Ubá (MG) e da região Sul, e os revestidos, a esses mercados e a revendas das grandes capitais. Há intenção de, em 2019, destinar entre 5% e 10% dos volumes à exportação. Segundo o executivo, a decisão de não produzir MDP resulta de esse painel ter margens menores e estar perdendo participação de mercado.

Confira a reportagem na íntegra: https://bit.ly/2Kou0FU

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