“Monitore o mercado e as redes sociais, tenha um plano de gerenciamento de crise, prepare o porta voz, apure todas as informações, informe o público interno e seja transparente com seus stalkeholders.” Essas são algumas das dicas da nossa diretora, Silvania Dal Bosco, sobre prevenção de crise. Especialista nessa área, ela foi convidada a falar sobre estratégias eficientes para momentos críticos num workshop para executivos da indústria alimentícia.

O evento, fechado para diretores de comunicação, reuniu mais de vinte profissionais. Durante quatro horas, depois de uma apresentação, foram debatidos cases, propósitos e o que há de mais novo na área de gerenciamento de crise. Silvania compartilhou com o grupo os dados da mais recente pesquisa sobre crises corporativas da PwC (2019) que deixa uma constatação para as empresas: “Não é mais e se e sim quando acontecerá uma nova crise”.

E nesse ambiente cada vez mais digital, onmichanel e conectado é preciso estar sempre atento. “Na maioria das vezes as crises não se originam de um evento extremo. O que afeta a imagem da empresa são situações do cotidiano: aquelas que nos surpreendem por ocasionar uma interrupção brusca no andamento e com repercussão negativa. E quando a crise acontece quem toma as decisões deve estar previamente informado e pronto para agir, por isso ações como essa de reunir o Board para se preparar são importantes”, defende Silvania.

Mercado em expansão

Diretora da consultoria de comunicação – ECCO^® , que completou 16 anos – a jornalista especializada em gerenciamento de crise viu esse mercado crescer nos últimos anos. “Há 10 anos nós tínhamos um caso de crise por ano. Há cinco a empresa formou uma equipe só para isso e hoje somos procurados para workshops, palestras e consultorias mensais”, conta Silvania Dal Bosco.

Se as crises aumentaram? Não! Segundo ela, o que mudou foi a velocidade da repercussão. “Há 10 anos uma notícia ruim levava uma semana ou mais para se espalhar, recebia uma resposta oficial e seguia num processo de apuração que poderia levar meses. Hoje, com as conexões digitais, um boato se espalha em segundos, uma informação que demore a chegar ao público ou não seja rebatida na mesma velocidade faz a crise se alastrar”, analisa Silvania.

Gestão especializada

Para sobreviver nesse mercado toda marca precisa de gestão de comunicação que abranja relações com a comunidade, stalkeholders, formadores de opinião e público interno. “É assim, tudo ao mesmo tempo, que as relações acontecem hoje e é para essa confluência que precisamos estar preparados”, avisa.

E se você ainda tem dúvida sobre a necessidade de gestão profissional, Silvania detalha as vantagens. “Zelar pela reputação do cliente é função do especialista em comunicação que precisa desenvolver soluções personalizadas para cada caso e cenário. Pessoas físicas ou jurídicas com boa reputação são mais atraentes para investidores, clientes, fornecedores e parceiros; para passar por avaliação da área de compliance de uma empresa, para obtenção de crédito no Brasil e no exterior”.