Assistência social oferece atendimento humanizado no Hospital Estadual de Luziânia
Profissional é responsável pela defesa dos direitos humanitários
O profissional de assistência social é essencial para o contato entre o paciente e família. Foto: Luiz Fernando Fernandes
Quando se pensa em um ambiente hospitalar, na maioria das vezes, vem em mente o trabalho realizado pelos médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. Contudo, muitos outros profissionais estão envolvidos nos cuidados oferecidos aos pacientes, como os profissionais da assistência social.
O trabalho realizado por estes colaboradores consiste na defesa dos direitos dos pacientes, bem como na intermediação do contato entre familiar e interno, já que, neste momento, o Hospital Estadual de Luziânia (HEL) não permite visitas por ser uma unidade exclusiva para pacientes diagnosticados com a Covid-19.
A atuação dos profissionais é em defesa especialmente das pessoas mais necessitadas, em situação de vulnerabilidade e que precisam de uma atenção ainda mais especial. De acordo com a assistente social do HEL, Adriana Alcântara, o atendimento pode ocorrer de diferentes formas e situações. “A assistência é realizada na visita ao paciente ou por solicitação da equipe de profissionais que o atendem e os serviços podem se estender aos familiares também” explicou.
O suporte é essencial no Hospital Estadual de Luziânia, que contabiliza mais de 2.000 altas não apenas do município, mas de todas as cidades do entorno e muitos pacientes sente-se mais seguros de voltar para as suas casas com o apio da assistência social.
Adriana Alcântara relembra o caso de uma pessoa em situação de rua advinda de Cristalina e internada no HEL sem documentos. “Ao receber esse paciente entregamos imediatamente itens de higiene pessoal. Logo após descobrimos que o paciente já estava a mais de 10 anos sem contato com a família. Assim, contatamos a rede de apoio do munícipio que nos auxiliou em descobrir os documentos do interno. Havia um número de telefone associado ao cartão do SUS, e assim chegamos à irmã dele”, conta.
“Ambos choravam iguais crianças e todos os dias eram realizadas vídeos-chamadas. No dia da alta, os familiares não conseguiram comparecer devido a falta de transporte. Com isso contatamos a equipe de saúde de Cristalina, que se dispôs a buscar o paciente. Foi um atendimento muito gratificante e humano, “completou.
Para o diretor-geral do Hospital Estadual de Luziânia, Francisco Amud, o trabalho da assistência social é essencial para o bom atendimento do hospital. “Todos que trabalham aqui são verdadeiros heróis, mas a assistência social se destaca justamente pela recuperação da dignidade de um paciente que não tem apoio da sociedade em geral”, finaliza.