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Mercado imobiliário diversifica produtos e vive um boom em plena pandemia, analisa José Maurício Caldeira

José Maurício Caldeira, setor imobiliário compras de imóveis

A queda nos juros, aliada à oferta de crédito e ao desejo do consumidor de dispor de mais conforto aqueceram setor imobiliário

José Maurício Caldeira, setor imobiliário compras de imóveis

José Maurício Caldeira, sócio acionista da Asperbras. Foto: Divulgação.

A pandemia do novo coronavírus tem afetado negativamente muitos segmentos econômicos, mas alguns setores, como o mercado imobiliário, não têm do que reclamar. Os dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) não dão margem à dúvida sobre o boom imobiliário. Após aumentar 57,5% em 2020, o financiamento imobiliário bateu recorde no 1º trimestre de 2021, com crescimento de 113% em comparação ao mesmo período de 2020.

“A queda nos juros, aliada à oferta de crédito e ao desejo do consumidor de dispor de mais conforto e espaço nesse período de isolamento social aqueceram o segmento imobiliário”, afirma José Maurício Caldeira, sócio acionista da Asperbras. O conglomerado, que tem origem em São Paulo, atua no setor imobiliário por meio da Abitte Urbanismo, empresa que acumula mais de 26 anos no mercado e que começa a expandir suas operações além do território paulista, atenta às novidades que o consumidor almeja.

Para se ter um termômetro desse movimento, entre setembro de 2020 e fevereiro deste ano, a quantidade de imóveis novos vendidos na cidade de São Paulo cresceu, em média, 14,2% em relação ao período de setembro de 2019 e fevereiro de 2020. Já as vendas de imóveis entre R$ 900 mil e R$ 1,5 milhão e acima de R$ 1,5 milhão tiveram os avanços mais significativos. Cresceram o dobro da média do mercado, com altas de 32,1% e de 31,3%, respectivamente, segundo dados do Secovi-SP, maior sindicato do mercado imobiliário da América Latina.

“Um alinhamento favorável de fatores, como a menor taxa de juros da história, contribui para esse crescimento”, avalia José Maurício Caldeira. Mesmo após a recente elevação da Selic, ela ainda está em um patamar competitivo, de 3,5%. Soma-se a isso uma significativa disponibilidade de crédito. Em 2020, o financiamento para imóveis cresceu 57%, resultando em R$ 123, 97 bilhões disponíveis no mercado.

E, por fim, é preciso contabilizar a revalorização do papel da moradia, resultado da pandemia, e completou o fenômeno que levou a um boom no segmento.  O isolamento provocado pelo distanciamento social necessário para prevenir o contágio da Covid-19 provou que há novas possibilidades de trabalho, por meio do home office. “A necessidade de viver em um grande centro urbano perde importância para dar lugar à qualidade de vida, em meio um espaço planejado parar morar com conforto e conectado ao mundo via internet” observa José Maurício Caldeira.

Nesta nova perspectiva sobre moradia e trabalho, o comprador em potencial avalia que muitas vezes a prestação do financiamento é menor do que o valor do aluguel. Com isso, os brasileiros aumentaram em dez vezes a procura por um imóvel, na comparação entre março de 2021 e de 2020, de acordo com levantamento feito pelo DataZAP, do ZAP+.

Quatro em cada dez brasileiros afirmaram que sua busca por uma nova casa aumentou, segundo o estudo feito com 2.224 usuários dos sites. Em março de 2020, a proporção era quatro em cada cem. Mas a corrida é mais intensa sobretudo para compra de imóveis de alto padrão.

Privados de viagens internacionais e submetidos ao home office, os mais ricos buscam moradias maiores, trocam apartamentos por casas e coberturas em bairros nobres e em condomínios nos arredores da capital paulista. O mesmo movimento ocorre em relação a cidades do interior e capitais menos populosas e com mais qualidade de vida.

Cuiabá, no Mato Grosso, vive o aquecimento do setor imobiliário. A cidade registrou o melhor resultado na movimentação financeira no segmento nos últimos cinco anos. Foram aproximadamente R$ 3,2 bilhões em compra e venda de imóveis em 2020, de acordo com o levantamento feito pelo Sindicato da Habitação de Mato Grosso (Secovi). Somente no primeiro trimestre deste ano, as vendas subiram 48%.

“É uma capital de estado que tem predominância do crescimento de negócios com as classes A e B. Cuiabá, pelos estudos que estamos desenvolvendo, tem os diferenciais que nos levaram à concepção do empreendimento como está sendo planejado e será implantado”, define José Maurício Caldeira. A Abitte Empreendimentos ultrapassou as fronteiras de São Paulo e apostou fortemente no mercado da capital mato-grossense. A empresa se mobiliza para entregar dez novos empreendimentos em Cuiabá nos próximos dez anos.

Com projetos inovadores e completos, a incorporadora desembarca na cidade ainda este ano, com o “Bairro Vinhedos”. Trata-se de um projeto exclusivo, que ficará situado em uma das áreas mais nobres da cidade, na região do Santa Rosa, ao lado de uma reserva natural com mais de 350.000 m² de área verde e próximo ao comércio sofisticado.

Entre as vantagens e diferenciais do local estão o bicicletário, trilhas de bike, quadra de beach tênis, pet park, pistas de skate e patins, quiosques, estações de ginástica, quadras de esportes variados e ainda uma capela ecumênica.  Projetado pelo arquiteto Jhonny Rother, o bairro ainda contará com um sistema inovador de coleta de lixo e eletroposto para veículos elétricos.

“A Abitte está trazendo a Cuiabá seu primeiro bairro totalmente planejado. Nós sabemos que essa tendência veio para ficar, pois ele revela uma opção das pessoas pela qualidade de vida. É um valor que irá permanecer, mesmo depois que a pandemia passar”, assinala José Maurício Caldeira.

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