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Vander Aloísio Giordano analisa concorrência dos shoppings com e-commerce

Vander Aloísio Giordano retorno de compras na pandemia

VP da Multiplan, Vander Aloísio Giordano fala sobre as estratégias do comércio para sobreviver aos desafios da pandemia

Vander Aloísio Giordano retorno de compras na pandemia

Vander Aloísio Giordano, vice-presidente da Multiplan. Foto: Divulgação.

Os shoppings que se adiantaram para oferecer e-commerce estão mais preparados para a concorrência do e-commerce, que foi impulsionado pela pandemia. O consumo on-line é hoje um hábito para 86% dos brasileiros, segundo. “Criamos um super aplicativo no ano passado, o Multi, em que o cliente pode comprar direto das lojas, com a opção de compra pelo WhatsApp, fazer o pedido aos restaurantes, participar de promoções. As compras podem ser entregues por delivery ou drive-thru, a partir do shopping mais próximo”, conta Vander Aloísio Giordano, vice-presidente institucional da Multiplan.

Segundo Aloísio Giordano, a estratégia se mostrou eficaz e a companhia já registra 800 mil downloads, mas a experiência de venda on-line é muito diferente da tradicional e impacta negativamente no faturamento total. “Na internet, o shopping perde a venda por impulso” diz Vander Giordano. “O setor precisa do avanço na vacinação para o público voltar”, analisa.

O executivo conta que, mesmo com o fluxo de pessoas quase equivalente ao de antes da pandemia, tanto o tempo de “passeio”, quanto o valor gasto diminuíram. “O tempo médio de permanência do público em nossos shoppings diminuiu: era de uma nora antes da pandemia, caiu para meia hora e agora está em 40 minutos”, afirma.

Os dados da pesquisa IPV confirmam uma disparada de 452% no fluxo de visitas aos shoppings em abril, comparado ao mesmo mês do ano passado, o período mais intenso da quarentena. As vendas, porém, cresceram em uma base bem menor, 49,8%.

Visão estratégica

Em 2019, antes da pandemia, as duas maiores empresas do setor de shopping centers – Multiplan e BR Malls – se tornaram sócias do Delivery Center. A startup é uma integradora de canais de venda online: recebe o registro da compra, realiza a coleta do produto, a roteirização dos pedidos e a entrega ao cliente. A ideia então era oferecer uma comodidade a mais para o consumidor, fazendo dos malls pontos de entrega dos produtos. Operação que se tornou vital na pandemia, com as lojas fechadas e restrição de deslocamentos.  Na Multiplan a estratégia deu origem aos aplicativos de compra Multi e e Viva, na Br Malls.

Campanha convite

Em março, a Multiplan lançou uma campanha, estrelada pela atriz Glória Pires e pelo apresentador Evaristo Costa, convidando os consumidores a voltar aos shoppings, apresentando o ambiente como seguro e controlado.

“Os shoppings gastaram muito dinheiro na compra de EPIs [equipamentos de proteção individual], na contratação da consultoria Hospital Sírio – Libanês para elaborar protocolos de operação a fim de reabrir as instalações, e em todos os equipamentos de controle para ir muito além do que é exigido pelas autoridades”, diz Giordano.

Consumo on-line

Dados da consultoria Ebit|-Nielsen apontam que, no ano passado, o comércio eletrônico faturou R$ 87,4 bilhões, uma alta de 41% sobre 2019. Só no primeiro trimestre de 2021, o faturamento cresceu 38,2% em relação ao mesmo período de 2020, para R$ 22,6 bilhões. Nesta comparação trimestral, o número de pedidos avançou 19,4%, para 46,3 milhões, enquanto o tíquete-médio subiu 15,8%, para R$ 488.

Sites de busca e as redes sociais são o principal caminho para iniciar as compras, diz a consultoria. No ano passado, por exemplo, 29% das compras online de roupas e calçados começaram em redes como Instagram e Facebook. O mesmo aconteceu em 27% dos pedidos de alimentos e 22% de perfumaria.

Hábito de 86%

O consumo online, que já vinha crescendo significativamente antes da pandemia, hoje se tornou um hábito para 86% dos brasileiros. É o que revela a pesquisa Social Commerce, realizada pela All iN/Social Miner – que une dados de consumo, tecnologia e humanização para ajudar empresas a otimizarem seus resultados -, em parceria com a Etus e a Opinion Box.

O levantamento mostra que 37% fazem uma visitinha às lojas digitais pelo menos uma vez por mês em busca de ofertas, e 23% acessam a rede semanalmente para fazer compras. E como boa parte das pessoas está nas redes sociais – são 4,2 bilhões de usuários no mundo, segundo a We Are Social -, o avanço do Social Commerce, que engloba o relacionamento mais próximo com os compradores e a prática de compra e venda via redes sociais, ocorre a passos largos.

Para pesquisar itens de desejo, 76% dos consumidores já recorrem às redes sociais – 56% deles para ter acesso a avaliação de outros clientes, e 54% para comparar preços. Os clientes das classes A e B são os que mais se interessam pela experiência de compra de outras pessoas (75%), enquanto entre o público de classe C, D e E, a porcentagem fica em 65%.

Redes sociais

O Instagram é o preferido por quem usa as redes para buscar produtos (62%), seguido pelo Facebook (61%), Google Shopping (61%) e Whatsapp (37%). Mas, quando chega a hora de comprar, dos 86% que têm o costume de consumir online, 74% o fazem pelos sites e aplicativos, 18% nas lojas físicas, e 8% pelas redes sociais. Entre os que usam as redes sociais para consumir, a maioria recorre ao Google Shopping (53%) e ao Instagram (50%).

Entre as razões pelas quais as pessoas escolhem comprar nas redes sociais, há uma gama de opiniões diferentes que vão desde as mais comuns, que são preço, rapidez, e acesso a mais informações sobre os produtos, à facilidade e praticidade ao pesquisar e à possibilidade de encontrar lojas menores, de pequenos e médios produtores.

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