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Banco Gerador incorpora assessoria financeira Dipar

 

O Banco Gerador, fundado há quatro anos, no Recife, anunciou ontem a incorporação da assessoria financeira Dipar, especializada em fusões, aquisições e estruturação de dívida. Com o negócio, a instituição pernambucana espera ampliar para 20% a participação das operações de banco de investimento em seu portfólio, hoje concentrado em crédito consignado e voltado a empresas de pequeno e médio porte.

A Dipar pertencia a dois executivos pernambucanos com passagem pelo escritório local do BTG Pactual. Raphael da Fonte entrou no então Pactual em 2003, quando ficou responsável por um fundo direcionado a empresas nordestinas. O sócio Joel Queiroz ingressou em 2007 no UBS Pactual, integrando a equipe de gestão de fortunas, também com foco no Nordeste. No ano passado, a empresa criada pelos dois em 2010 coordenou três aquisições que, juntas, movimentaram R$ 150 milhões.

Com a incorporação da Dipar, o Banco Gerador espera alavancar as operações da divisão de investimentos. Seu presidente, Paulo Dalla Nora, explica que o segmento não acompanhou o crescimento da economia nordestina na última década. “O Nordeste tem cerca de 15% do PIB nacional, mas apenas 5% das fusões e aquisições são na região. Isso acontece por conta da inexistência da agentes fomentadores dessas operações. É essa lacuna que queremos preencher.”

O público alvo do banco na área de investimentos são empresas nordestinas com faturamento de até R$ 250 milhões anuais, que muitas vezes têm suas necessidades preteridas pelos grandes bancos do país. Segundo Dalla Nora, a estratégia está em linha com a operação do banco no varejo, que é concentrada na inclusão bancária e na criação de instrumentos específicos para o público de baixa renda da região. “Assim como fazemos na ponta, pretendemos bancarizar essas empresas, apresentar soluções específicas.”

As principais oportunidades, de acordo com os executivos do Gerador, estão em setores ligados ao consumo popular, como varejo especializado e construção civil, além de hotelaria. O banco também quer atuar junto a prefeituras nordestinas como estruturador de parcerias público-privadas (PPPs), sobretudo na área de saneamento básico, que está aquecida. (Valor Econômico – 27/03/2013 – por Murilo Camarotto)

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